Nos dias 09, 10 e 11 de outubro, o Curso de Pedagogia da Faculdade Novo Milênio promoveu o 6º Seminário de Educação Especial Inclusiva (SEEI NM), com os alunos do 8º período da Pedagogia, professores e convidados especiais.
O evento, que ocorreu nas disciplinas de Educação Especial Inclusiva e Dificuldades de Aprendizagem e Neurociências, marcou não apenas o calendário acadêmico, mas também a vida de todos os participantes.
Falar sobre educação especial e inclusiva me deixou com o coração cheio. Mesmo com as limitações, as crianças anseiam por aprender, e isso é um direito delas. As palestrantes mostraram que, por meio do trabalho em equipe e pedagógico, elas estão transformando a vida dos alunos, formando crianças mais independentes a cada dia – destacou a aluna Priscila Vaz.
A coordenadora do curso de Pedagogia, Penha Fonseca, enfatizou que o SEEI NM não é apenas mais um evento acadêmico, mas uma verdadeira jornada de aprendizado e expansão de conhecimento.
Foi um momento muito rico para aprendizagem e ampliação de conhecimentos, uma vez que os alunos atuaram no planejamento e em equipes de organização do evento academico, participaram de trocas de experiências com professores da Educação Especial/SEMED VILA VELHA e das Oficinas sensoriais, afirmou a Coordenadora.
Penha ainda ressaltou a evolução do SEEI, que iniciou em 2018, de forma presencial, mas teve suas edições online no período de pandemia.
Ela enfatizou que a presença física proporciona a oportunidade de escutar, interagir e vivenciar experiências sensoriais, o que se revela como um diferencial significativo na formação tanto dos estudantes de Pedagogia em início de curso quanto dos profissionais já atuantes na área.
Os três dias do seminário ofereceram uma programação rica e diversificada.
No primeiro dia, o evento começou com uma apresentação cultural seguida de um emocionante talk show sobre “Educação Inclusiva e Neurociências: desafios e perspectivas inclusivas”, com a participação das professoras Dra. Alice Pilom, Dra. Gianni Marcela Boechard e a professora Edimara Giuriato.
A professora Edimara expressou a importância do amor e da perseverança na educação inclusiva e destacou:
Sabermos como o cérebro aprende pode mostrar como ensinar melhor. Aplicar tal ciência no âmbito educacional possibilita desenvolver métodos, estratégias e instrumentos para ensinar e aprender amparados em bases científicas.
Além disso, conhecermos como o cérebro funciona podem criar condições mais favoráveis e ambientais mais propícios ao conhecimento.
Nesse dia, os alunos puderam trocar experiências e aprendizados de como é importante termos como esses e outros tipos de conhecimentos, bem como muito amor e perseverança. Nesse dia, os alunos puderam trocar experiências e aprendizados de como é importante termos conhecimentos como esses, finalizou Edimara.
No segundo dia, as apresentações culturais e o bate-papo sobre “Narrativas e Vivências em práticas inclusivas com crianças autistas e crianças com deficiência intelectual” com professoras convidadas cativaram a todos os presentes.
O terceiro dia foi encerrado com chave de ouro, reunindo alunos e professores para celebrar o Dia do Professor com um delicioso lanche compartilhado e oficinas sensoriais incríveis.
Nessas oficinas, os participantes se envolveram em um circuito de quatro espaços de experiências sensoriais diversas, em alguns casos até com os olhos vendados.
Para a aluna Catarina França, o que mais chamou sua atenção no Seminário foi a abordagem e clareza dos temas ao longo dos três dias.
A aluna do 8º período de Pedagogia, Priscila Vaz, compartilhou suas impressões sobre as salas sensoriais, ressaltando a empatia despertada ao experimentar as dificuldades enfrentadas por pessoas com limitações ou deficiências.
O que mais me marcou sem dúvida foram as salas sensoriais, porque mexeu e provocou as nossas sentidos. Fazer a turma experimentar em algumas horas, vivenciando as dificuldades no percurso de uma pessoa com limitações ou deficiência, não é fácil! Foi uma mistura de emoções e pensamentos, sentir na pele o que é de fato depender integralmente do outro, que às vezes está sem paciência, cansado ou sem empatia. É triste e ao mesmo vergonhoso, porque que reclamamos às vezes de tão pouco e eles mesmo com a falta de acessibilidade, buscam a autonomia e fazem muitas coisas, adicionou Priscila.
A aluna Maria Eduarda, por sua vez, encontrou inspiração na experiência olfativa, descobrindo novos horizontes para a educação inclusiva.
A minha vivência favorita foi a experiência olfativa, pois conheci novos odores e pude perceber que não consigo distinguir cheiros, mesmo que façam parte do meu cotidiano. Essa prática pedagógica fez com que minha mente se abra para novas possibilidades de ensino, mostrou novos caminhos para aplicar a dinâmica ensinada na sala de aula, como realizar atividades sobre os 5 sentidos e, a partir delas, trabalhar com a interação, empatia e trabalho em equipe, aspectos necessários para uma boa convivência escolar.
Já a Professora Edimara Giuriato que participou da mesa do Talk Show: “Educação Inclusiva e Neurociências: desafios e perspectivas inclusivas” e conduziu a oficina sensorial de Empatia no último dia, destacou a importância do tema da sua oficina:
A empatia é importante em todos os contextos e deveria estar presente no nosso dia-a-dia. Respeitar o outro da forma como ele é, sente e pensa é uma das premissas essenciais na condução dos nossos relacionamentos pessoais e profissionais de forma saudável, segura e inspiradora.
Edimara enfatizou ainda a necessidade da empatia na Educação Inclusiva:
Na educação Inclusiva, esse tema é ainda mais necessário em função de toda a importância de se conhecer, compreender e acolher as pessoas na sua essência e acreditar que elas podem e são capazes de alcançar seu desenvolvimento e evolução. Além disso, quando eu consigo ter empatia saímos do modo “eu” para o “nós”, buscando pensar e agir para o bem comum e não de forma individual.
Edimara ainda compartilhou a sua experiência ao conduzir esta oficina sensorial:
Foi muito importante mostrar para os participantes que é importante em primeiro lugar olhar pra si com essa empatia, respeitando seus limites, vulnerabilidades. Aproveitando todos os dias esse presente que é a nossa vida. Dessa forma, sem estar no automático e estressado eu consigo olhar e respeitar quem está ao meu lado, principalmente realizando uma escuta ativa e empatica. Consigo oferecer uma atenção de qualidade sem interferência e distrações.
Penha Fonseca, coordenadora do curso de Pedagogia, reforçou a importância das oficinas sensoriais e expressou a intenção de mantê-las em futuras edições do Seminário.
Acreditar genuinamente que o meu educando pode se desenvolver e aprender independente de qualquer contexto que esteja inserido faz parte da missão de todo educador. Sem dúvida nenhuma esse Seminário nos trouxe muitos insights e provocações ao mesmo tempo. Aproveitaremos em nosso dia-a-dia toda essas experiências de aprendizado, destacou a Professora Edimara.
O 6º Seminário de Educação Especial Inclusiva foi um evento memorável que contou com o apoio do Núcleo de Educação Especial de Vila Velha (NAEE), Secretaria Municipal de Educação Vila Velha (SEMED) e Núcleo de Extensão da Novo Milênio.
Encerramos com profundo agradecimento aos alunos, professores e à coordenadora do curso pelo extraordinário trabalho realizado!
Confira mais alguns cliques deste momento!