Aprender sobre a história da formação de Vitória, compreendendo a influência da ocupação do espaço na construção da alimentação. Esse será o objetivo principal da Aula Aberta “Conhecendo a gastronomia da Ilha: ocupação, mercado e práticas alimentares”, que acontecerá no próximo sábado (18), às 9h30, na capital do Estado, ministrada pelo professor Fernando Santa Clara, do curso de graduação em Gastronomia da Faculdade Novo Milênio.
Segundo Fernando, que também é o Coordenador do Núcleo de Extensão (NEX) da faculdade, o local de concentração e partida da aula será no ponto de ônibus do Porto de Vitória, em frente à Praça Francisco Teixeira da Cruz. Já o destino final será o Mercado da Vila Rubim, também localizado no centro da capital.
“O objetivo é atingir, primeiramente, os estudantes de Gastronomia da faculdade. Mas, é uma aula que está à disposição para quem curte Gastronomia, História, que seja de qualquer curso da faculdade ou de fora também. O propósito da ação é ser uma extensão para a comunidade que tem interesse na área. Não precisa fazer inscrição, é só aparecer lá”, explicou.
O roteiro começa em frente ao porto, com visão para a Baía de Vitória, para mostrar como os migrantes saíram, na década de 30 do Século XVI, de Vila Velha em direção à Vitória, iniciando a ocupação daquele território onde hoje é conhecido como o centro da cidade.
“Vamos falar muito sobre esse processo de ocupação, que está muito ligado às intervenções alimentares. Porque pensar a cozinha capixaba, especificamente, muitas vezes é falar de moqueca, de torta. A importância da aula é falar dessa ocupação, do espaço e da influência na construção da alimentação. Efetivamente, são dois vieses que vamos trabalhar: a influência local indígena e a influência portuguesa, que foi assim que se construiu essa alimentação. E aí vamos chegar à Vila Rubim, que é a grande expressão, hoje, do que é Mercado Municipal”, afirmou Fernando.
De acordo com o professor, pouco se fala da história de Vitória e que, seja da ótica da alimentação ou de qualquer outra, a aula é mais uma forma de conhecer o lugar de onde moramos, pertencemos.
“Antes de tudo, é um processo de afirmação identitária. Você se reconhecer dentro do espaço, entender quais são as influências do que te constroem enquanto sujeito. Por que Vitória tem a torta e a moqueca como elementos identitários da alimentação? É uma discussão que a gente tem muito pouca. Mas, se pensarmos que Vitória, inicialmente, contava com 33 ou 35 ilhas, dependendo da literatura, e mais a região continental, e entendermos que é esse conjunto de formação de ilhas que constrói a nossa história, isso conta muito o que somos, reconhecermos um processo de busca na região do mangue, na região do mar, como é que isso entra nos espaços de alimentação e como essa herança portuguesa de trabalhar com esses ingredientes aparece”.
Fernando ainda ressaltou que a intenção não será dar uma “resposta final” e que, quando estamos falando de aspectos de formação cultural, falamos de uma pluralidade de influências.
“Então não é ‘a gente come isso porque é assim’, mas são chaves de leitura para a gente interpretar a nossa realidade. Óbvio que há outras influências, mas vamos trabalhar os vieses maiores, essas heranças indígenas e portuguesas e como elas se constroem nesse espaço”, concluiu.
Aula aberta – Conhecendo a gastronomia da Ilha: ocupação, mercado e práticas alimentares
Data: 18/09 (sábado);
Horário: 09h30;
Local de partida: ponto de ônibus do Porto de Vitória, em frente à praça Francisco Teixeira da Cruz;
Destino: Mercado da Vila Rubim;
Público: qualquer pessoa interessada (sendo ou não aluno da Novo Milênio).
Desde a Descoberta do Fogo o Homem começou a usar da Gastronomia. E melhorar seus abitos alimentar . Essa aula será muito prazerosa pois além de educativa estará mostrando todo potencial Gastronômico da nossa ilha. Terei maior interesse participar. Parabéns 👏👏👏
Essa aula será muito prazerosa pois além de educativa estará mostrando todo potencial Gastronômico da nossa ilha. Terei maior interesse participar. Parabéns 👏👏👏